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Bleisure e Milhas: O Guia para Economizar e Maximizar Viagens Corporativas

O mercado de viagens corporativas no Brasil está passando por uma transformação fundamental, migrando de uma prática estritamente profissional para uma que integra o lazer de forma estratégica. Essa mudança é impulsionada pela ascensão do “bleisure”, um conceito que une business (negócios) e leisure (lazer) em uma única jornada. O que antes era uma prática incidental, de “esticar” uma viagem de trabalho, agora se consolida como uma tendência estrutural, reflexo da busca por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, um valor particularmente central para as gerações mais jovens, como a Geração Z e os Millennials.

Bleisure e Milhas: O Guia Definitivo para Economizar e Maximizar Viagens

O cenário de mercado reflete essa mudança de comportamento. Pesquisas indicam que uma parcela significativa de viajantes já adota o bleisure, com 66% dos profissionais misturando compromissos de negócios com atividades de lazer. O setor cresceu 20% no último ano, segundo a agência SAP Concur, evidenciando a rápida institucionalização da prática. As projeções de longo prazo sublinham a magnitude dessa transformação, com o mercado de bleisure no Brasil estimado para atingir a marca de US$ 222 bilhões até 2030, a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 13,4%. Esses dados demonstram que o bleisure não é mais uma “dica inovadora”, mas uma prática consolidada que demanda uma abordagem estratégica.

Nesse contexto, o uso de milhas e pontos emerge como o principal mecanismo para otimizar a prática do bleisure. Ao transformar um gasto corporativo em um benefício pessoal, as milhas podem ser utilizadas para cobrir a parte de lazer da viagem, como upgrades de cabine, diárias de hotel ou aluguel de carros. O guia definitivo abordará essa sinergia, posicionando-se como a principal referência para profissionais e empresas que buscam navegar e se beneficiar dessa nova realidade. A abordagem do conteúdo não se limitará a descrever a tendência, mas a oferecer um manual prático e estratégico para a sua otimização.

Análise da Audiência e Cenário de Mercado

A criação de um guia sobre bleisure e milhas deve levar em consideração duas personas principais, cada uma com suas próprias motivações, dores e objetivos. O conteúdo precisa ser construído para atender a ambas, fornecendo orientações que sejam valiosas tanto para o indivíduo quanto para a organização.

O primeiro público-alvo é o Viajante Corporativo/Profissional. Este indivíduo frequentemente lida com o estresse das viagens a trabalho e a dificuldade de conciliar a rotina de reuniões e relatórios com momentos de descanso ou lazer. Uma de suas principais dores é a falta de clareza nas políticas de reembolso e a incerteza sobre como e se pode usar seu próprio cartão de crédito ou milhas acumuladas. O profissional busca orientações práticas sobre como maximizar os benefícios do bleisure e como utilizar as milhas para tornar suas viagens mais agradáveis e eficientes.

O segundo público é o Gestor de Viagens, RH ou Finanças. Para este profissional, a principal preocupação é a gestão de custos e o alinhamento das políticas de viagem com os objetivos estratégicos da empresa. As milhas corporativas representam uma oportunidade para otimizar despesas futuras, e o bleisure é uma ferramenta para atrair e reter talentos em um mercado competitivo. O gestor precisa de um guia que justifique o bleisure como uma iniciativa estratégica e que ofereça modelos de políticas claras para evitar conflitos e garantir o retorno sobre o investimento.

A análise do cenário de mercado reforça a relevância do guia. O trabalho remoto e a busca por flexibilidade têm atuado como catalisadores para a adoção do bleisure. Uma pesquisa da YouGov, com 12 mil entrevistados de 9 países, revelou que 34% dos profissionais agora priorizam a capacidade de combinar trabalho e lazer em viagens, em detrimento de outros benefícios modernos no escritório, como a semana de quatro dias. Essa informação é crucial, pois sugere uma reavaliação fundamental do que constitui um benefício corporativo valioso para as novas gerações de profissionais. O bleisure não é mais um “extra”, mas um “novo essencial” para a atração e retenção de talentos.

A Via de Mão Dupla: Benefícios do Bleisure para Todos os Lados

A adoção do bleisure cria um cenário de “ganha-ganha” tanto para o colaborador quanto para a empresa. Para o viajante, a prática é uma resposta direta às demandas por maior qualidade de vida e bem-estar.

2.1. Vantagens para o Colaborador

A oportunidade de mesclar obrigações de trabalho com atividades de lazer contribui diretamente para o bem-estar e a saúde mental do profissional. Diversas pesquisas apontam que as viagens combinadas reduzem o estresse e promovem rotinas mais saudáveis, como um dos principais benefícios citados por 34% dos entrevistados. O bleisure melhora o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que é considerado uma forma de “recompensa” pelo trabalho executado e uma maneira de voltar para casa mais feliz e menos pressionado.

Essa maior satisfação e motivação, por sua vez, se traduzem em um aumento na empolgação e na lealdade à empresa. Ao ter a chance de aproveitar o destino, conhecer a cultura local e ter experiências culinárias, o colaborador se sente mais valorizado e conectado com a organização que lhe proporcionou essa vivência.

2.2. O Retorno sobre o Investimento para a Empresa

Para as empresas, o bleisure não é um custo, mas um investimento estratégico com retorno tangível. O bem-estar do colaborador está diretamente relacionado à sua performance. Ao retornar ao trabalho mais descansado e revigorado, o profissional tende a ser mais produtivo e engajado em suas funções. Um estudo da Paytrack aponta que 78% dos profissionais que adotam o bleisure afirmam que as experiências híbridas agregam valor às suas atribuições e aumentam a produtividade.

Essa prática também se mostra uma ferramenta poderosa para a retenção e atração de talentos. Em um cenário empresarial competitivo, empresas que adotam práticas inovadoras como o bleisure se destacam. A flexibilização das políticas de viagens é vista como uma iniciativa para reter talentos e promover um ambiente mais saudável e produtivo. Uma empresa que demonstra preocupação com a qualidade de vida do seu quadro de funcionários constrói uma reputação de empregadora de ponta, o que é fundamental para atrair a Geração Z e os Millennials, que priorizam essa flexibilidade. A recusa de 44% dos profissionais em viagens corporativas que não permitem tempo para lazer sugere que não oferecer a opção de bleisure pode resultar em um risco de negócio, com perda de engajamento e a recusa de missões importantes.

O bleisure pode ser enquadrado como uma forma de “higiene mental” corporativa, combatendo o esgotamento profissional (burnout) e o desengajamento. A capacidade de um profissional se sentir mais relaxado e com a mente clara para enfrentar desafios se reflete em um melhor desempenho e inovação.

Milhas e Pontos: O Combustível Oculto do Bleisure

A economia gerada pelo uso estratégico de milhas e pontos é o principal facilitador para o bleisure. No entanto, essa prática não está isenta de desafios, especialmente em relação à propriedade das milhas.

3.1. O Dilema da Propriedade das Milhas

Um dos pontos de maior atrito em viagens corporativas é o dilema sobre a quem pertencem as milhas acumuladas. As companhias aéreas, em geral, creditam as milhas no cadastro do passageiro, que é uma pessoa física [7, 17]. Isso levanta a questão de se o benefício gerado por uma despesa da empresa deve ser usufruído pelo colaborador. Embora algumas políticas de viagem mais recentes tentem abordar essa questão, definindo que as milhas pertencem à empresa [18], a ausência de uma regra clara pode gerar um dilema moral para o funcionário [17].

O guia deve orientar tanto o profissional quanto a empresa sobre essa complexidade, reforçando a importância de uma política de viagens transparente para evitar conflitos futuros [17, 18]. Essa falta de clareza pode ser transformada em uma oportunidade de negociação. O colaborador pode utilizar a “promessa” de acumular milhas para si, via reembolso com cartão pessoal, ou para a empresa, via programas corporativos, como um ponto de alavancagem para convencer a empresa a adotar o bleisure.

3.2. Estratégias para o Viajante Acumular Milhas

A forma como a empresa gerencia as despesas de viagem tem um impacto direto na capacidade do colaborador de acumular milhas.

  • Reembolso Tradicional vs. Cartão Corporativo: Na política de reembolso, o funcionário usa seu próprio cartão de crédito para cobrir despesas [7, 8, 9]. Essa prática, embora desgastante para o colaborador, permite o acúmulo de pontos e milhas em programas de fidelidade pessoais [7]. Em contrapartida, o uso de um cartão de crédito corporativo, que é exclusivo para despesas de negócio, impede que as milhas sejam creditadas na conta pessoal do funcionário [19].
  • Outras Formas de Acúmulo: Além dos voos, o viajante pode acumular milhas e pontos de outras maneiras. Isso inclui o uso de cartões de crédito parceiros [12, 32, 33, 34], a participação em programas de fidelidade de companhias aéreas (como o Corporate Plus da Star Alliance) [16, 35], e a pontuação em hospedagens [18, 36] e aluguel de carros [37, 38, 39].

3.3. Maximizando o Lazer com Milhas

O uso mais desejado e prático das milhas acumuladas é a otimização da parte de lazer da viagem.

  • Upgrades de Cabine: Uma das formas mais valiosas de usar as milhas é para obter um upgrade para a classe executiva, transformando uma viagem de trabalho, muitas vezes cansativa, em uma experiência mais confortável [40, 41, 42, 43, 44]. A TAP, por exemplo, oferece upgrades por 40.000 milhas por trecho [40, 43], enquanto a American Airlines tem o “Upgrade Imediato”, que pode ser solicitado com milhas até 24 horas antes do voo, sem o copagamento em dinheiro [41].
  • Hospedagem e Carro: As milhas também podem ser usadas para cobrir as despesas de lazer, como a extensão da estadia em um hotel ou o aluguel de um carro [11, 39]. Isso permite que o viajante aproveite o destino sem comprometer seu orçamento pessoal.

A tabela a seguir apresenta uma visão geral dos melhores cartões de crédito para acumular milhas no Brasil, baseada em rankings de especialistas do mercado.

CartãoAnuidade (R$)Acúmulo de Pontos/DólarVencimento dos PontosBenefícios de Sala VIP
BRB Dux Visa Infinite1.6805 a 7 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]LoungeKey, Priority Pass, Dragon Pass (ilimitados com convidados) [33, 34]
Bradesco American Express Centurion25.000 [33, 34]5 a 7 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]Priority Pass (ilimitado com 12 convidados), Salas Bradesco, Amex, Delta [33, 34]
Caixa Investidor Visa Infinite1.440 [33, 34]4 a 6 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]LoungeKey, Dragon Pass (ilimitados com 10 convidados por ano) [33, 34]
Bradesco Aeternum Visa Infinite1.920 [33, 34]4 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]LoungeKey, Dragon Pass (ilimitados com 12 convidados) [33, 34]
C6 Bank Graphene Mastercard Black3.960 [33, 34]4 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]Dragon Pass (ilimitado com convidados), Mastercard GRU lounge [33, 34]
Unicred Ímpar Visa Infinite3.000 [33, 34]3 a 3,5 [33, 34]Expiram em 5 anos [34]LoungeKey, Dragon Pass (ilimitados com convidados) [34]
Itaú The One Mastercard Black Personnalité4.000 [33, 34]3 a 3,5 [33, 34]Nunca expiram [33, 34]LoungeKey (ilimitado com 12 convidados), Mastercard GRU lounge [34]

O Guia Prático: Negociando o Bleisure com a Empresa

Para que o bleisure seja bem-sucedido, é fundamental que o colaborador adote uma abordagem estratégica na comunicação com a empresa. Esta seção atua como um manual de ação, capacitando o viajante a defender sua proposta e garantindo que o processo seja claro para todas as partes.

4.1. Como Montar a Proposta para o RH ou Gestor

O primeiro passo é demonstrar que a solicitação não é um pedido de favor, mas uma proposta de valor para a empresa. O viajante deve preparar argumentos sólidos, baseados nos benefícios comprovados do bleisure, como o aumento da produtividade, a maior satisfação no trabalho e o bem-estar mental [3, 20, 26, 27, 30]. Ao apresentar o cronograma de trabalho, a extensão de tempo desejada e a clareza sobre a separação de custos, o colaborador demonstra responsabilidade e profissionalismo [10, 15, 45]. A proposta deve deixar claro que a empresa não terá custos adicionais com a parte de lazer, o que representa uma economia por si só, uma vez que a passagem de ida e volta já está coberta [6, 46].

4.2. A Importância Crucial da Política de Viagens

A formalização do bleisure em uma política de viagens corporativas é o pilar para o sucesso da prática, evitando mal-entendidos e garantindo que os compromissos de trabalho sejam cumpridos [1, 10, 13, 22, 29, 31, 47]. Uma política bem definida deve estabelecer diretrizes claras sobre a aprovação prévia, a duração máxima da extensão e as responsabilidades financeiras de cada parte [15, 30, 31].

A legislação trabalhista, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estabelece que as despesas corporativas são de responsabilidade da empresa [8, 48]. No entanto, a CLT não obriga a antecipação dos valores, o que permite às empresas adotar políticas de reembolso [8]. A política de viagens deve, portanto, detalhar como a empresa irá gerenciar as despesas e como o funcionário será ressarcido, seja via adiantamento, reembolso ou cartão corporativo [8, 19, 47]. A clareza nesse ponto é fundamental para que o colaborador possa organizar suas finanças sem comprometer seu limite de crédito pessoal [8].

A tabela a seguir esclarece de forma visual as responsabilidades de cada parte em uma viagem de bleisure.

Item de DespesaResponsabilidade da EmpresaResponsabilidade do Funcionário
Passagem Aérea (trecho de negócios)Sim [6, 46]Não
Passagem Aérea (trecho de lazer)Não (a menos que a política estabeleça o contrário) [10, 45]Sim [6, 46]
Hospedagem (dias de negócios)Sim [14]Não
Hospedagem (dias de lazer)Não [6, 46]Sim [45]
Alimentação (durante o trabalho)Sim, via diárias ou reembolso [14, 47]Não
Alimentação (durante o lazer)Não [6, 31]Sim
Transporte local (durante o trabalho)Sim [14]Não
Transporte local (durante o lazer)NãoSim

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Bleisure e Milhas

Esta seção responde diretamente às dúvidas mais comuns sobre a prática de bleisure e milhas, fornecendo respostas claras e diretas.

  • A empresa é obrigada a pagar pela parte de lazer da viagem? Não, a parte de lazer, incluindo hospedagem extra e atividades turísticas, é de total responsabilidade do funcionário. A empresa é responsável apenas pelos custos diretamente relacionados ao trabalho [6, 46]. O papel da empresa é oferecer a oportunidade e a flexibilidade para que o funcionário possa estender a estadia.
  • Posso usar milhas de viagem corporativa para uso pessoal? Depende da política da empresa e do método de pagamento. A prática comum é que as milhas sejam creditadas no cadastro da pessoa física, pois os programas de fidelidade são, em sua maioria, voltados para o CPF [7, 17]. No entanto, a empresa pode ter uma política que exija o uso de um programa de milhagem corporativo (como o Star Alliance Corporate Plus) ou a transferência de pontos para uma conta central da empresa [16, 18].
  • Quais os principais benefícios de estender uma viagem de trabalho? A extensão da viagem permite ao profissional reduzir o estresse associado à rotina de trabalho e viajar de uma forma mais empolgante [6, 27, 30]. Adicionalmente, oferece a oportunidade de conhecer o destino, sua cultura e gastronomia com os custos de passagem aérea já cobertos pela empresa [6, 10], o que representa uma economia significativa para o viajante.

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